Yahoo!
Em 1995 Jerry Yang e David Filo criaram uma das marcas mais poderosas do mundo, recorrendo simplesmente a um dicionário. Inspirados por terminologia informática lembraram-se do YA (Yet Another). Abriram o dicionário na letra Y e pararam na palavra Yahoo. Quando verificaram que o termo também significava Yet Another Hierarchical Officious Oracle (Mais Um Guia Oficioso Hierarquizado) ficaram por aí.

Yang e Filo não tinham, de início, ideia de que o negócio da busca tivesse algum valor.
Filo afirma que «no princípio, não se podia colocar uma janela de busca em frente das pessoas esperando que elas soubessem o que fazer com ela».
Assim, criaram um diretório em que a navegação ficava mais facilitada, pois as páginas apareciam de forma hierarquizada. Esta abordagem tinha todos os ingredientes de sucesso, numa altura em que a jovem Web se encontrava em estado selvagem e caótico.
Os gestores da empresa sabiam que a busca era um negócio demasiadamente caro para ter qualidade. Assim, concentraram-se num modelo de portal de tráfego, sustentado por publicidade, deixando amplo espaço para o primeiro player que quisesse e soubesse avançar.
Enquanto o Google teve início com base num algoritmo criado durante um doutoramento, o Yahoo iniciou-se como um guia de navegação na Web.
Com isto tudo conclui-se que todas estas empresas são a materialização do chamado «Paradoxo de Ícaro», situação em que ao grande sucesso duma organização se segue um severo declínio.
Nestes casos não houve visão para detectar a oportunidade encerrada no mercado da busca, nem antecipação do movimento da concorrência, deixando assim à Google um imenso espaço vazio para preencher e crescer.
Entretanto, Larry Page e Sergey Brin, cultivando «uma saudável indiferença em relação ao impossível», não perderam a oportunidade de preencher aquele espaço, disponibilizando o acesso gratuito e imediato à informação, qualquer que fosse o assunto, fazendo da Google a marca mais conhecida em todo o mundo, sem recurso a qualquer tipo de publicidade.